O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) estendeu o pré-aviso de greve até dia 10 de março, situação que o coordenador do sindicato diz estar nas mãos das comissões de greve.
“Temos mandato para greve por tempo indeterminado e estamos a cumprir todos os requisitos legais para manter essa greve, apesar dos serviços mínimos”, adiantou o coordenador do STOP, André Pestana, acrescentando que “a qualquer momento, se essa for a decisão de quem trabalha nas escolas, cancelamos a paralisação no minuto seguinte”.
O sindicalista explicou ainda que, para cancelar um pré-aviso de greve, basta “enviar um mail para as entidades responsáveis a dizer que está cancelado”, ressalvando que “para marcar uma greve temos de cumprir determinado número de dias com antecedência”, justificou.
Esta terça-feira há reuniões de centenas de comissões sindicais e de greve, por todo o país e se houver vontade dessas comissões em parar a greve, seja por cedências do Ministério às reivindicações dos professores, “ou por outro motivo qualquer, nós cancelamos”, afirmou o sindicalista.
André Pestana sublinhou que esta greve “por tempo indeterminado” resulta de uma sondagem em que participaram “milhares de colegas”, feita em finais de novembro, e garantiu que o STOP, “de forma responsável, quer que a greve continue legal”.
A greve foi convocada pelo sindicato em dezembro e, em janeiro, começaram outras greves promovidas por outras estruturas sindicais, que foram acompanhadas por fortes protestos e manifestações.
No final da semana passada, o Tribunal Arbitral voltou a definir novos serviços mínimos, que agora passam a garantir também três horas de aulas nas escolas.
No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.
Desde então, as negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.
Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira.
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