O Bloco de Esquerda (BE) quer que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) fiscalize o que classifica de “ abusos de direitos laborais no Centro de Mangualde da Stellantis” e “o despedimento de trabalhadores precários mais jovens”, anunciou Catarina Martins, durante uma visita à empresa, em Mangualde.
A coordenadora do Bloco de Esquerda esteva às portas da Stellantis, a antiga PSA de Mangualde, e falou com alguns trabalhadores, apontando o dedo à empresa que disse estar a mandar trabalhadores jovens, e precários, “para o desemprego” ao mesmo tempo que “os efetivos estão a fazer turnos de 11/12 horas e a serem colocados em trabalho noturno contra a sua vontade”, além de a empresa estar a “recorrer a trabalhadores estrangeiros para assegurar os turnos”, disse à imprensa.
O Bloco de Esquerda considera a situação “incompreensível”, lembrando que a empresa teve acesso a apoios públicos nacionais e europeus para manter postos de trabalho no interior do país.
Perante a situação, Catarina Martins adiantou que o BE vai solicitar junto do Ministério do Trabalho e da ACT, que haja uma fiscalização ao que se passa na empresa.
Fonte da empresa garantiu que o Centro de Mangualde da Stellantis, é “uma unidade de produção inserida num grupo global” onde a “circulação de trabalhadores dentro do grupo é uma situação normal, e recorrente” adiantando ainda que, atualmente, “há na empresa cerca de 50 colaboradores a trabalhar temporariamente em outras fábricas da Europa”.
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