Foto: ACERT

Viseu perdeu um dos seus “pensadores” e “homem das artes” com a morte, aos 68 anos, de João Luís Oliva.

Nasceu em 1956, em Viseu, e morreu na noite desta quinta-feira, vítima de doença oncológica prolongada.

Autor de vários livros ligados ao pensamento e artes, foi um dos impulsionadores da ACERT de Tondela, e sobre ela escrever a obra ACERTXL, que assinalou os 40 anos desta instituição ligada às artes e à produção artística.

Em 2014, João Luís Oliva escreveu uma autobiografia intitulada ‘Editor, professor (mas sempre aluno), andarilho’, lembrando a sua ligação ao núcleo constituinte do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, onde foi docente até 2005.

Foi autor de várias obras, investigações e artigos publicados em diversas publicações e esteve ligado a vários projetos nas áreas musicais, entre os quais com Zeca Afonso e Júlio Pereira.

Nas reações à morte de João Luís Oliva, um dos responsáveis pela ACERT, José Rui Martins, considerou-o “um hino à vida” e “um combatente até ao último minuto”, enquanto o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, lamentou a morte de “um homem que se dedicou à cultura local e a uma organização que é respeitada por toda a gente, a ACERT, e é de lamentar”.

Fernando Ruas adiantou que, na próxima reunião do executivo municipal, será apresentado um voto de pesar.

Também os vereadores do PS na Câmara de Viseu, lamentaram a partida do “homem da inquietude e do pensamento” que “dizia sempre a todos que era o ‘sempre aluno’ e a melhor homenagem a prestar é continuar a sua obra, senti-la e divulgá-la”.

“João Luís Oliva deixou uma marca indelével no estudo da História das Ideias em Portugal, com um trabalho académico e cultural que contribuiu para o entendimento das relações entre o pensamento, a cultura e a política no contexto português”, afirma o PS.

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