O Bispo de Viseu admitiu já ter conhecimento, ter agido, no caso dos cinco sacerdotes da diocese indicados pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica.
Em comunicado, D. António Luciano adiantou que os casos foram “tratados segundo as normas aplicáveis, quer a nível canónico, quer a nível civil, tendo também sido entregues ao Ministério Público”.
O Bispo da Diocese de Viseu pediu perdão às vítimas e manifestou ainda “comunhão na dor” com todos os que foram vítimas de abusos cometidos por membros da Igreja Católica.
No comunicado, D. António Luciano explicou que decidiu dar agora conta da situação verificada na Diocese de Viseu por a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica ter completado e entregado o seu trabalho à Conferência Episcopal Portuguesa.
Lembra que, em fevereiro de 2020, foi criada em Viseu a Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, constituída por um juíz, um advogado, uma pediatra, uma pedopsiquiatra, uma psicóloga clínica, um professor de Escola Superior de Saúde e uma técnica de Serviço Social.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas.
Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.
Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.
A comissão entregou aos bispos diocesanos listas de alegados abusadores, alguns ainda no ativo.
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