A diretora-geral da Saúde justificou esta quarta-feira com a “alta transmissibilidade” do vírus sars-cov-2, que provoca a covid-19, para manter o uso de máscaras obrigatório em espaços fechados, como escolas, transportes públicos e centros comerciais.

Graça Freitas frisou, em conferência de imprensa, que “a pandemia mantém uma transmissibilidade muito elevada, com tendência geral decrescente. o número de novos casos nos últimos sete dias ainda rondou os 60 mil — superior aos períodos de pico epidémico”. Neste sentido, disse,  “estamos longe de ter um verão descontraído”.

Neste período da Páscoa, “vai haver contacto com pessoas mais vulneráveis”. “O isolamento para os doentes não terminou, em espaços fechados continuamos a recomendar o seu arejamento e, obviamente, continuamos a recomendar a utilização de máscaras em espaços fechados“, explicou Graça Freitas. O uso obrigatório de máscaras continua a ser obrigatório, enquanto a DGS considerar que esta “é uma medida protetora e segura.

Regras como o uso obrigatório de máscara em espaços fechados e a obrigatoriedade de apresentação de teste negativo para quem não tomou a dose de reforço em contexto de visitas em hospitais e lares vão manter-se, pelo menos, até ao dia 22 de abril.

Para justificar a continuidade das medidas já em vigor, a DGS foca-se na meta estabelecida a nível europeu, que determina o valor de referência de 20 óbitos por milhão de habitantes em 14 dias para levantar as medidas restritivas. Neste momento, Portugal fixa-se nos 28,5 óbitos por milhão de habitantes em 14 dias. Só com o valor de referência europeu é que deverão ser, novamente, avaliadas e alteradas as medidas de restrição.

Nas escolas, o uso de máscara deverá continuar durante o terceiro período letivo, uma vez que as escolas receberam esta semana uma orientação para a compra de máscaras. No entanto, a decisão formal só será anunciada na próxima segunda-feira.

Em relação às escolas, Graça Freitas referiu que o uso de máscara é agora a única medida em curso nos estabelecimentos de ensino. “Todas as semanas reanalisamos os dados e as medidas”, explicou.

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