Foto: HTA

O Ministério Público (MP) vai abrir um inquérito à queda do helicóptero no rio Douro, em Lamego, que causou a morte a cinco militares da GNR, todos do distrito de Viseu, informou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Confirma-se a instauração de inquérito. O mesmo corre termos na 1.ª Secção de Lamego do DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Viseu”, pode ler-se na nota emitida pela PGR.

A bordo do helicóptero que caiu na sexta-feira no rio Douro, na zona de Lamego, seguiam seis ocupantes, o piloto, único sobrevivente, e cinco militares da GNR/Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS), que regressavam de um incêndio, no concelho de Baião (Porto).

O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve, e o acidente aconteceu quando regressava ao Centro de Meios Aéreos (CMA) de Armamar.

Numa Nota Informativa (NI) divulgada na terça-feira, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) refere que o piloto disse ter observado, antes do acidente, “uma ave de médio porte” na mesma linha de voo, obrigando a “um desvio”, mas a investigação ainda não determinou onde executou essa manobra.

Acrescentou que “no voo de regresso à base de Armamar, a aeronave iniciou uma descida constante, onde sobrevoou a margem esquerda (sul) do rio Douro em direção à cidade de Peso da Régua (Vila Real)”.

“No decurso dessa descida, segundo as declarações do piloto [único sobrevivente], este terá observado uma ave de médio porte à mesma altitude e na trajetória do helicóptero, que o obrigou a executar um desvio à direita, retomando a rota logo de seguida. Dos dados recolhidos até ao momento não foi possível determinar de forma independente o ponto de execução dessa manobra”, sublinha o GPIAAF.

Em sequência, pelas 11:32, acrescenta a investigação, “mantendo a descida em direção ao rio em volta à esquerda, a aeronave colidiu com a superfície da água com uma velocidade em torno dos 100 nós (185 km/h) por motivos a determinar”.

“No processo de dissipação de energia ocorrido durante a colisão, o piloto, sentado à direita, e o ocupante da cadeira esquerda do cockpit foram projetados para fora da aeronave”, lê-se ainda na NI.

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