Mais de 90% do território continental de Portugal está em níveis de ‘seca severa’ ou mesmo ‘extrema’, segundo dados divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), referentes a 15 de fevereiro.

Os dados disponíveis permitem concluir que se trata de uma situação de seca mais severa do que a registada em 2005, e a tendência é para piorar nas próximas semanas, sem previsão de queda significativa de precipitação pelo menos nos próximos 10 dias.

Segundo o IPMA, os valores de percentagem de água no solo são inferiores ao normal em todo o território português, com as regiões Nordeste e Sul a atingirem valores inferiores a 20% ao que é habitual nesta época do ano

Na região Sul e alguns locais dos distritos de Bragança e Castelo Branco, 38,6% do território está em seca extrema (11,5% no final de janeiro), 52,2% em seca severa (34,2% no final de janeiro) e 9,2% em seca moderada.

“O grau de severidade da seca meteorológica a 15 de fevereiro de 2022 é superior ao que se verificava em 2018 e em 2005, com uma percentagem superior nas classes de seca severa e extrema e que corresponde a cerca de 91 % do território”, refere o IPMA.

O instituto diz ainda que até ao final de fevereiro não se prevê a ocorrência de precipitação significativa em todo o território e que, em relação à temperatura do ar, a tendência será “para valores superiores ao normal para todo o território, em especial para a região interior Centro e Sul”.

“Até à data, 2021/22 é também o ano hidrológico mais seco quando comparado com os outros anos de seca meteorológica”, sublinha anda o IPMA.

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