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A Câmara de Nelas está preocupada com o atraso nas obras na Linha da Beira Alta, que atravessa o concelho, e o executivo aprovou por unanimidade uma moção onde manifesta esse descontentamento.
A autarquia de Nelas quer que o Governo diga se há uma nova data prevista para a conclusão dos trabalhos, que não vão terminar em novembro, ao contrário do que tinha avançado publicamente em maio passado o ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Na moção, a Câmara de Nelas diz que a indefinição em relação à conclusão das obras de requalificação da Linha da Beira Alta está a causar no município “uma elevada apreensão” pela repercussão que o atraso está a ter “na vida das populações” e pelo “forte impacto na economia local e na mobilidade dos cidadãos”.

Além da nova data para a conclusão das obras na linha, a Câmara de Nelas quer ainda informação “urgente” sobre outras obras no concelho como a conclusão da requalificação do edifício das estações de Nelas e de Canas de Senhorim-Felgueira, do apeadeiro da Lapa do Lobo e de vários acessos relacionados com a requalificação do corredor ferroviário.

Encerrada para requalificação desde abril de 2022, a Linha de Beira Alta deveria reabrir nove meses após o início das obras, mas continua encerrada e não tem nesta altura data de reabertura prevista. O último adiamento, segundo a Infraestruturas de Portugal deve-se a problemas de mão de obra e ao roubo de cerca de 30 km de catenárias, que enquanto não forem repostas inviabiliza a circulação dos comboios bem como o funcionamento dos sistemas de comunicações e de segurança.

A modernização do traçado entre Pampilhosa e a Guarda, custa mais de 600 milhões de euros.

Depois de pronta, vai permitir uma economia de tempo de viagem de cerca de 30 minutos, com uma velocidade de circulação dos comboios a poder atingir os 120 km/h.

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