A Câmara Municipal de Nelas quer que a Casa de Santar, seja classificada como ‘Monumento de Interesse Municipal’, passo que considera fundamental para assegurar que seja preservada, enquanto edifício e como referência cultural local.
“Nós temos todo o interesse em classificar a Casa de Santar, porque desta forma estamos a preservar o seu edificado, a sua arquitetura e a cultura de uma localidade, assim como a história associada àquela, freguesia que é muito rica”, avançou o autarca nelense, Joaquim Amaral, lembrando que Santar tem um “património histórico muito importante, que é preciso preservar, não só pela sua importância histórica, mas também porque é um atrativo para o concelho” de Nelas.
A autarquia aprovou por unanimidade, em reunião do executivo no passado mês de novembro, a abertura do procedimento de classificação de imóvel conhecido por Casa de Santar como Monumento de Interesse Municipal.
O processo está nesta altura a decorrer e disponível para consulta nos serviços técnicos de obras e licenciamentos particulares do Município de Nelas e, “não havendo qualquer objeção, o edificado será classificado”, adiantou Joaquim Amaral.
A Casa de Santar foi construída no século XIII, por ordem de Dom Sancho II, e no século XVI transitou para a posse da família Paes do Amaral.
“Em 1670, foi finalmente instituído o vínculo de Santar por Francisco Paes do Amaral e sua mulher, Dona Francisca Paes. A cozinha velha, que ainda hoje existe, começou a ser construída perto de 1690 e a estrutura principal datará de cerca de 1740”.
Em 1852, José Paes do Amaral e sua mulher receberam da rainha Dona Maria II o título de viscondes de Taveiro. O filho Pedro viria a receber de D. Carlos I o título de conde de Santar.
A Casa de Santar mantém-se “até hoje neste ramo descendente dessa família” que, através de casamentos, estará associada a outros condes, representando assim “várias casas nobiliárquicas” de Portugal.
Esta e outras notícias para ouvir na Estação Diária – 96.8 FM ou em www.968.fm.