Foto: CM Penalva do Castelo

O Município de Penalva do Castelo aprovou um orçamento de 13 milhões de euros para 2023, que terá uma aposta reforçada em áreas como o ambiente e no urbanismo.

“São mais de 13 milhões, superior em mais de um milhão de euros ao do ano passado, muito por causa das competências das escolas que agora estão na Câmara”, disse à Lusa Francisco Carvalho.

O autarca destacou as áreas do urbanismo e ambiente como “as de maior intervenção, em termos de investimento, mas, claro, sem descuidar a área social e a educação, que são muito importantes” para o executivo.

“Até ao final do primeiro semestre temos cinco obras que têm de ser finalizadas, porque são financiadas pela Comunidade Europeia, no âmbito do PT2020. E, por isso, a nossa prioridade vai para aí, porque se não as concluirmos perdemos o direito às ajudas”, justificou.

Obras que totalizam “um custo a rondar os três milhões” para a Praça Magalhães Coutinho, a Praça do Antigo Município, a requalificação da Rua 1.º de Dezembro, a recuperação do Mosteiro do Santo Sepulcro e a ciclovia” na vila.

No centro das suas prioridades, está “a qualidade da água e a sustentabilidade dos recursos hídricos” para o concelho e, para isso, vai ser construída ainda este ano a estação de tratamento de água (ETAR) no rio Côja.

“Com a construção desta última ETAR fechamos um ciclo para termos água em qualidade e quantidade suficiente para o abastecimento total do concelho, sem necessidade de irmos à barragem de Fagilde”, assumiu.

Francisco Carvalho disse que com estas obras está “criada resiliência ao sistema de Fagilde, porque, com tantas hesitações que têm ocorrido, o Município de Penava do Castelo não pode ficar de braços cruzados à espera que aconteça”.

“Já investimos cerca de 800 mil euros para procurarmos ser autossuficientes, para não dependermos de ninguém, porque o coletivo é muito bonito quando todos se entendem e remam para o mesmo lado, de outra forma não”, assumiu.

A ETAR no rio Côja “está já com o projeto feito e conta também com um subsídio da APA [Agência Portuguesa do Ambiente] em 195 mil euros, de um total de cerca de 400 mil, e tudo indica que, ultrapassadas toas as questões burocráticas, será adjudicada em março”.

A construção “do jardim dos Paços do Concelho, para embelezar o espaço onde se situa a sede do município e colocar mais verde nesta área envolvente” também avança e, para isso, “há um projeto na ordem dos 30 mil euros”.

“Depois, claro, há outras áreas importantes, como a transferência para as freguesias, que não pode ser descuidado pela Câmara, porque têm direito a concluir as obras que elencaram. E ainda é uma transferência considerável”, acrescentou.

A par disto, e “mesmo tendo outras obras na área do ambiente e urbanismo”, o executivo “não descuida a área social e a educação que são prioridade” para a autarquia, uma vez que “são pilares da sociedade e, por isso, estão contemplados apoios” nestas áreas.

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