O presidente do Centro Estratégico de Inovação Territorial (CEIT) disse hoje à agência Lusa que irá lançar uma plataforma ‘online’ sobre a maçã Bravo de Esmolfe para valorização do produtor e do produto, que tem propriedades benéficas na saúde.

“O objetivo do projeto é unir esforços para que todos consigamos projetar este produto além-fronteiras. Para além da promoção da própria maçã, queremos apoiar na investigação e criação de subprodutos complementares que reduzam a sazonalidade do produto”, contou Cristóvão Monteiro.

Para a criação de subprodutos decorrem “ainda auscultações junto de entidades” e também com “a entidade gestora da certificação da maçã Bravo de Esmolfe”, mas, para já, está prevista a “criação e estruturação de experiências turísticas” em Penalva do Castelo.

“Hoje, o consumidor está diferente e procura muito os destinos de baixa densidade que proporcionem experiências em comunhão com a natureza e esta região permite isso de forma extraordinária e não podemos esquecer que Penalva do Castelo é o berço oficial da maçã Bravo de Esmolfe”, apontou.

Com esta plataforma ‘online’, que deverá ser lançada “no próximo ano, por esta altura da campanha da maçã ou até num dia como o de hoje, Dia internacional da Maçã”, pretende-se também reduzir a cadeia de comercialização e, com isso, o produtor sai mais valorizado”.

“Uma das preocupações que nos levou a criar esta plataforma é a valorização do produtor. As grandes distribuidoras acabam por arrecadar grande parte do lucro e o produtor acaba por ser prejudicado em algumas situações e quando o produtor recebe pouco pela matéria prima também tem pouco para investir em novas produções e numa nova escala”, defendeu.

Neste sentido, Cristóvão Monteiro destacou a “valorização do produtor, que é a base desta cadeia de valor para que, a longo prazo, se possa posicionar a maçã Bravo de Esmolfe como um produto diferenciador e distintivo”.

“isto para que consigamos acrescentar valor ao produtor para estimular este aumento de produção e de escala, embora, por outro lado, esta pouca produção também nos permite posicionar o produto de outra forma, porque quando a oferta é pouca o valor do produto também aumenta na perspetiva de que o produto é bom e há procura neste produto”, acrescentou.

Cristóvão Monteiro sublinhou as “características absolutamente diferenciadoras” da maçã Bravo de Esmolfe que “é única no mundo e já estão mais que demonstrados em estudos científicos as propriedades benéficas desta maçã”.

“Benefícios na diabetes, no controlo de peso, na saúde cardiovascular, na melhoria das funções respiratórias e até na proteção contra o cancro. E o nosso papel é acima de tudo, mais do que criar uma plataforma ‘online’ de promoção, criar uma plataforma de cooperação entre todos os elementos da cadeia de valor da maçã Bravo de Esmolfe”, explicou.

O CEIT é uma entidade privada que nasceu em 2020, com sede em Penalva do Castelo, que trabalha com “várias regiões do país” em “vários serviços e projetos no sentido de valorizar os territórios e os produtos endógenos”.

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