A Polícia Judiciária (PJ) deteve este ano um total de 84 pessoas, indiciadas do crime de incêndio florestal, e cerca de 17% são reincidentes, num ano em que, ainda segundo a PJ, houve um aumento de detenções em cerca de 61%.

São então 84 as pessoas detidas este ano, 79 homens e cinco mulheres, mais 32 do que em 2021, sendo 2022 o segundo ano com mais detenções desde 2018, depois de 2020, quando foram detidas 85.

Entre os detidos, mais de metade, cerca de 60%, viram o tribunal aplicar-lhes medida de coação de privação de liberdade, seja com penas de prisão preventiva ou prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

Na semana passada, a Guarda Nacional Republicana (GNR) havia também avançado com os números deste ano, com registo de 72 pessoas detidas, das quais 13 no distrito de Viseu, que ocupava o topo dos distritos com mais ‘incendiários’ detidos.

No total, estas duas polícias detiveram 156 pessoas, mais 52 do que em 2021.

Os incêndios rurais consumiram este ano 110.007 hectares, o valor mais elevado desde 2017, tendo sido o fogo da Serra da Estrela o que registou maior área ardida, com quase 25.000 hectares, segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

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