Nove em cada dez portugueses revelaram ter, antes da pandemia, um “baixo consumo” de atividades culturais, e são sobretudo jovens ou pessoas com rendimentos mais elevados, quem mais procura atividades culturais, segundo um estudo hoje divulgado.

Os dados constam do estudo “Práticas culturais dos portugueses”, feito pelo Instituto de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa, a pedido da Fundação Calouste Gulbenkian, a partir de um inquérito nacional sobre hábitos de consumo de Cultura dos portugueses, em particular nos 12 meses anteriores à pandemia da covid-19.

A ida ao cinema, com uma resposta positiva de 41% dos inquiridos, foi a atividade cultural com maior taxa de participação dos portugueses, nos 12 meses anteriores ao início da pandemia, o mesmo período que mobilizou 38% os festivais ou festas locais e, 24%, para concertos de música ao vivo.

Cerca de 30% disse ter visitado museus e monumentos.

A ida ao teatro é admitida por 13% dos inquiridos.

Nos hábitos de leitura, o inquérito revelou que 61% dos inquiridos não leram um único livro em papel, nos 12 meses anteriores ao inquérito.

O estudo “Práticas culturais dos portugueses” coordenado por José Machado Pais, Pedro Magalhães e Miguel Lobo Antunes, assenta em resultados obtidos por um inquérito feito entre os dias 12 de setembro e 28 de dezembro de 2020, tendo sido recolhidas 2.000 entrevistas completas a pessoas de todo o território nacional.

Segundo a ficha técnica, as 2.000 entrevistas completas correspondem a 39% do inquérito feito.

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