A “Plataforma Educação”, que reúne nove sindicatos de profissionais de educação anunciou greves a partir do dia 27 a “todo o serviço extraordinário”, às avaliações finais, paralisações por distrito, a acontecer em Viseu a 18 de abril, e ainda uma “grande concentração” já em agenda para dia 06 de junho.

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, a representar a plataforma, garantiu que os professores “não se vão deixar calar” e adiantou que vão apresentar uma proposta negocial para “forçar o Ministério da Educação” a negociar já a pensar em 2024.

No dia 09, Governo e sindicatos admitiram não terem chegado a um acordo sobre o novo regime de recrutamento, tendo o ministro da Educação mostrado disponibilidade para continuar as negociações sobre outras questões, mas apelado ao regresso à normalidade nas escolas e ao fim das greves, sem confirmar se as reuniões negociais seriam agendadas caso as paralisações se mantivessem.

“Vamos enviar uma proposta que, nos termos da lei, obriga à abertura de um processo negocial, com inicio em 2024 e até ao final da legislatura”, anunciou Mário Nogueira, apontando que aquela proposta inclui a discussão da contagem integral do tempo de serviço, o reposicionamento nos escalões, despenalizações na antecipação da aposentação ou majoração do valor da pensão.

Quanto às formas de luta anunciadas, as organizações sindicais decidiram iniciar a 27 de março, e sem data para terminar, greve a “todo o serviço extraordinário, a todo o serviço imposto fora do horário de trabalho, a toda a atividade atribuída no âmbito da componente não letiva de estabelecimento e às avaliações finais”.

A plataforma anunciou ainda uma “greve ao ultimo tempo letivo diário de cada docente” e uma nova greve por distritos, a começar no dia 17 de abril (depois das férias da Páscoa) e a terminar a 12 de maio, começando pelo Porto, seguindo-se Viseu, Vila Real, Viana, Aveiro, terminando em Lisboa.

“No dia 06 de junho de 2023 será um dia muito importante. Haverá uma greve e esperamos que seja uma grande manifestação nacional. Esta data é simbólica, 06-06-23, porque simboliza os seis anos, seis meses e 23 dias que os professores reivindicam de recuperação de tempo de carreira”, explicou Mário Nogueira.

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