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Os deputados do PSD eleitos por Viseu, e também os eleitos pelo distrito da Guarda, tomaram uma posição conjunta para pediram ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, justificações sobre mais um adiamento na reabertura da Linha Férrea da Beira Alta, que serve os dois distritos, encerrada para requalificação desde abril de 2022.

O PSD quer saber as razões da nova derrapagem no prazo de execução da empreitada que resulta no adiamento, pela terceira vez consecutiva, da reabertura da Linha da Beira Alta, que o ministro chegou a avançar que aconteceria a 12 de novembro, mas que a Infraestruturas de Portugal (IP) já disse ser “impossível” de concretizar nessa data.

“Esta é uma derrapagem para muito mais do dobro do prazo previsto inicialmente e que coloca em causa a promessa que o Governo fez aos viseenses e aos guardenses”, considerou o deputado viseense Guilherme Almeida.

Os social-democratas querem que João Galamba diga qual é afinal a data prevista para a conclusão da obra e qual o valor da fatura a pagar com os atrasos nas obras de requalificação. Dizem ainda quererem ver explicadas as medidas que foram tomadas face ao alegado furto de cabos que aconteceu na Linha, justificação ada pela IP para o atraso nas obras, e como vai ser solucionada, tecnicamente, a falta deste material necessário para o funcionamento da Linha da Beira Alta, já que sem os cabos de alta tensão a linha não permite a circulação dos comboios, além de inviabilizar o funcionamento dos sistemas de sinalização e de telecomunicações.

Guilherme Almeida adiantou ainda que o Governo foi questionado sobre o valor despendido até à data no serviço de transportes rodoviários para o transbordo de passageiros, devido à supressão dos comboios, e quanto ainda se estima gastar. “O tema da Linha da Beira Alta tem de ser bem explicado e transparente”.

A Linha da Beira Alta está encerrada desde 19 de abril de 2022, então com previsão de que as obras durariam nove meses, mas o prazo foi já largamente ultrapassado.

A modernização do traçado entre Pampilhosa e a Guarda, custa mais de 600 milhões de euros.

Depois de pronta, vai permitir uma economia de tempo de viagem de cerca de 30 minutos, com uma velocidade de circulação dos comboios a poder atingir os 120 km/h.

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