A Câmara de Santa Comba Dão aprovou uma proposta de Orçamento Municipal para 2025 de cerca de 20,5 milhões de euros, um valor semelhante ao deste ano.
O autarca Leonel Gouveia adianta que o executivo que lidera teve a preocupação de manter uma política de “recuperação financeira do município” sem descurar “o desenvolvimento económico, social e cultural do concelho”.
Para 2025 é intenção da autarquia de Santa Comba Dão dar início a algumas das obras já contratadas com recurso a verbas do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e concretizar candidaturas a verbas do programa Portugal 2030 e, se possível, iniciá-las ainda durante o novo ano.
O Município espera ainda por verbas do PRR para a requalificação do centro de saúde de Santa Comba Dão, da escola secundária e dos bairros sociais municipais, do edifício da Misericórdia e de algumas habitações no concelho.
A requalificação das estradas mais degradadas do concelho e a aquisição de terrenos, em especial na zona industrial das Lameiras, são também prioridades para 2025, ano em que o autarca pretende que seja concretizada “a musealização do Lagar de Azeite e feita a requalificação do moinho de água e dos espaços envolventes, criando condições para a abertura desses espaços ao público e aptos para receber visitas pedagógicas das escolas.
No que respeita às Grandes Opções do Plano (GOP), as Funções Sociais têm um peso de 61% e um investimento previsto de 7.138.173 euros. Ainda no âmbito das Funções Sociais, as áreas com maior investimento são os Resíduos Sólidos Urbanos (2.505.000 euros), a Educação – Ensino Não Superior (2.189.336 euros) e a Cultura (1.093.503 euros).
Nas Funções Económicas, destacam-se áreas como Transportes Rodoviários (510.000 euros) e Indústria e Energia (501.562 euros).
Os documentos previsionais para 2025 foram aprovados por maioria, com quatro votos a favor do PS e três contra da coligação PSD/CDS-PP.
O vereador António José Correia (PSD/CDS-PP) justificou o voto contra com o facto de o orçamento para 2025 não passar de “um ‘copypaste’ dos anteriores”, tendo “os mesmos projetos por concretizar de há 12 anos, sem definição de rumo, de prioridades e sem estratégia visível”.
“Podemos contar com um 2025 que, ao nível da gestão municipal, será mais do mesmo com uma pressão acrescida para concluir os poucos investimentos iniciados e lançar outros, nomeadamente as asfaltagens de algumas vias, suportado num empréstimo de 1,5 milhões de euros a ser concretizado a curto prazo”, lamentou.
Os documentos previsionais serão levados à Assembleia Municipal de dia 21.
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