A Sevenair, empresa concessionário pela ligação aérea regional entre Bragança e Portimão, com escala em Viseu, informou estar “impedida de efetuar voos” por causa de restrições impostas pelo Aeródromo Municipal de Cascais, em Tires, devido à falta de pagamento de uma alegada dívida.
“Devido a restrições impostas pelo Aeródromo Municipal de Cascais, neste momento estamos impedidos de efetuar voos”, escreveu, num comunicado, a operadora, acrescentando “estar a desenvolver todos os esforços para retomar as operações normais”.
Em causa está um diferendo acerca de uma suposta dívida de taxas de ‘handling’ no valor de 107 mil euros acrescidos de IVA (ou uma dívida de 132.471,95 euros, segundo a autarquia) que a Câmara de Cascais, através da empresa municipal Cascais Dinâmica, gestora do Aeródromo Municipal de Cascais, exige, mas que a empresa considera não ter de pagar.
Devido à falta de pagamento desta alegada dívida, um avião da linha área Trás-os-Montes/Algarve (que liga Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão), com origem em Bragança e destino a Portimão, ficou hoje retido no aeródromo de Tires, em Cascais.
A retenção do avião da Sevenair em Tires deve-se, segundo a empresa municipal Cascais Dinâmica, gestora do aeródromo, à falta de pagamentos, de forma reiterada, pelo grupo que opera a linha área Trás-os-Montes/Algarve, pelo que “se encontram suspensos os serviços de três das seis empresas” (do grupo) que operam no Aeródromo de Cascais.
A Sevenair considera não dever à empresa municipal a “suposta dívida de taxas de ‘handling’” de 107.700 euros, acrescidos de IVA, e revela ter requerido à Cascais Dinâmica “a clarificação” desta taxa, aplicada desde 2022 na operação aérea regular.
“Essa taxa administrativa, aplicada a prestadores de serviços de Assistência em Escala, foi, na nossa interpretação, incorretamente aplicada à Sevenair”, pode ler-se no comunicado da empresa.
Em resposta, a autarquia defendeu que foram feitas diversas tentativas de cobrança, tendo a Sevenair admitido, num email de 30 de dezembro de 2024, liquidar os valores em dívida em três prestações mensais sucessivas, mas apenas foi cumprida a primeira parcela, em 31 de dezembro de 2024.
Esta e outras notícias para ouvir na Estação Diária – 96.8 FM ou em www.968.fm.