A Berrelhas, empresa que tem a concessão do MUV, o serviço de transportes públicos em Viseu, diz não ter condições “técnicas e financeiras” para assumir o serviço através do ajuste direto, proposto pelo Município de Viseu, e poderá parar com o mesmo já a partir de sábado, 01 de março.
O ajuste direto, no valor de nove milhões de euros por dois anos de serviço, foi a solução encontrada após as partes terem acordado a rescisão do contrato que estaria em vigor até 2029, e que empresa e autarquia entenderam não ser benéfico para ninguém.
Em comunicado, a empresa diz não ter condições para assumir um encargo de mais meio milhão de euros, necessário na fase inicial dos dois anos de duração do contrato de ajuste direto.
A empresa alega ainda que as condições previstas no caderno de encargos previsto, a que terá tido acesso apenas há cerca de duas semanas, colocariam em risco “a sua sustentabilidade económico-financeira”, baseando-se nos prejuízos registados no último ano de quase dois milhões de euros.
No comunicado, adianta ainda que “tendo em vista acautelar os postos de trabalho dos trabalhadores afetos a esta concessão, foi já solicitada à Câmara Municipal de Viseu a identificação do novo operador para que, nos termos do legalmente disposto, possa ser efetuada a transmissão da posição contratual de todos os trabalhadores, com respeito por todos os direitos adquiridos”.
Sobre este comunicado, a Câmara de Viseu adianta que será tomada uma posição sobre o mesmo apenas depois de analisado pelos serviços da autarquia, acrescentando que, apenas esta manhã tiveram acesso à comunicação feita pela Berrelhas.
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