O Município de Viseu vai rever o regulamento dos apoios aos clubes desportivos, na área da formação, e o objetivo, segundo o autarca Fernando Ruas, passa por “acabar com as diferenças”, e ainda obrigar as coletividades a apresentarem contas de gerência.
O presidente da Câmara de Viseu informou, após a reunião do executivo, que a autarquia quer que os clubes passem a “comprovar o número de utentes” e que sejam acertados “alguns critérios” acrescentando que o Município “não é responsável, mas tem obrigação de ajudar na formação desportiva dos jovens”, mas defende que “a formação não pode ser escolhida em função da modalidade”.
Assim, pretende que a autarquia possa “pagar exatamente a mesma coisa por um jovem que jogue xadrez ou um que jogue futebol”, disse Fernando Ruas.
Também será revisto o critério de formação dos treinadores, e o de um aumento de 50% no apoio nos casos em que haja raparigas, com Fernando Ruas a classifica-lo de “desprestigiante” com base do princípio de igualdade de géneros que a autarquia defende.
A Câmara de Viseu quer ainda acabar com a falta de apresentação das contas dos clubes, que passarão a ter que elencar os apoios que recebem, e os valores que os pais dos praticantes pagam.
O novo regulamento será para aplicar já na época, 2023/24, e que “só serão concedidos apoios mediante apresentação do número de atletas e formação, a idade, o plano de atividades e as contas”, sublinhou Fernando Ruas.
O presidente da Câmara de Viseu diz que não está em causa a seriedade das pessoas nem dos clubes, mas que a autarquia de Viseu também presta contas da sua atividade, e que será justo que os clubes e coletividades desportivas também o façam.
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