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Os farmacêuticos hospitalares da Unidade Local de Saúde de Viseu Dão-Lafões (ULSVDL) avançaram com a apresentação de declarações de “exclusão de responsabilidade”, justificando com a “falta de recursos materiais e humanos” e alertando que “a situação compromete a qualidade e segurança” das atividades que desenvolvem.

“Não se consegue tratar doentes sem medicamentos e não se consegue ter acesso aos medicamentos no hospital sem os serviços farmacêuticos, com os farmacêuticos no número adequado, com empenho adequado e a trabalhar com as condições adequadas”, pode ler-se numa nota de imprensa assinada pelo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Helder Mota Filipe.

As declarações de exclusão de responsabilidade foram entregues ao conselho de administração demissionário, “denunciando o desinvestimento nos serviços farmacêuticos e a falta de recursos humanos, de manutenção de equipamentos e infraestruturas”, que, de acordo com os signatários, “comprometem seriamente a qualidade e a segurança das atividades que desenvolvem”.

No mesmo comunicado, a OF adianta que, nos últimos dois anos, quase um terço dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) entregaram declarações de exclusão de responsabilidade, adiantando que, no casos farmacêuticos hospitalares da ULSVDL, há descrição de “várias limitações materiais e de recursos humanos, que se verificam há vários anos nos serviços farmacêuticos” da unidade e que são do conhecimento do conselho de administração, sem que tenham sido tomadas quaisquer ações para resolver ou mitigar a situação.

“Os farmacêuticos não aceitam esta ‘inércia’ dos responsáveis do hospital, que se tem vindo a desresponsabilizar pela omissão de atos que lhe incumbe praticar”, pode ainda ler-se, com a OF a indicar que recebeu na segunda-feira as declarações de exclusão de responsabilidade, e de imediato solicitou esclarecimentos ao conselho de administração sobre as atividades desenvolvidas nos serviços farmacêuticos hospitalares.

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