O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, considera que ter a Águas de Portugal a gerir a água é “democratizar o seu preço, como na energia”, com valor igual em todo o país.
O autarca viseense rejeita a tese de quem defende que a gestão pela Águas de Portugal seja “privatizar a água”, e defende que a integração numa empresa pública será “o caminho para se normalizar o preço da água” em Portugal.
Lembra o autarca que, atualmente, cada município tem o seu preço, e com a empresa pública Águas de Portugal, “haveria uma democratização nos preços, como acontece na eletricidade, que qualquer cidadão, independentemente de onde reside, paga o mesmo”, frisou o autarca viseense.
Fernando Ruas não tem dúvidas que seria mesmo a solução “ideal” justificando que “o preço deveria ser igual em todo o lado, como na energia” e o caminho para lá chegar passa por “todos os municípios do país pertencerem à Águas de Portugal” assim como na energia todos integram a E-Redes.
Quanto ao recente Decreto-Lei que abre a integração dos municípios de Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul, Sátão, Vale de Cambra, Viseu e Vouzela no sistema multimunicipal de abastecimento de água do sul do Grande Porto, gerido pela Águas do Douro e Paiva, S.A. (do grupo Águas de Portugal], o autarca viseense é a favor da decisão, considerando que permite a independência dos municípios, sendo “cada um livre de aderir, ou não”, em que cada um poderá tomar as decisões que melhor lhe possam interessa, e não como acontece atualmente com a gestão da água da Barragem DE Fagilde, que é gerida em conjunto pelos municípios de Viseu, Mangualde, Nelas, Sátão e Penalva do Castelo.
Sobre a nova barragem de Fagilde e o seu financiamento, Fernando Ruas diz que “não interessa se o dinheiro chega através da APA [Agência Portuguesa do Ambiente} ou da Águas de Portugal, porque no fundo, é tudo Estado e é quem gere” as barragens e a água.
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