O Município de Viseu está disponível para receber refugiados ucranianos, garantia dada pelo presidente da Câmara, Fernando Ruas.

Após a reunião de hoje do executivo, o autarca avançou aos jornalistas que Viseu está disponível para apoiar os cidadãos ucranianos no que for necessário, nomeadamente naquilo no que está mais ao nosso alcance como a cedência de habitação”, acrescentando que pretende concretizar esse apoio “em estreita colaboração com as juntas de freguesia, e aproveitar o sossego das nossas comunidades rurais porque nos parece ser um lugar ótimo para acolher quem vem a fugir de uma guerra”, considerou.

Fernando Ruas acrescentou que espera por informações do Governo para poder avançar com o acolhimento de refugiados mas, frisou, “caso não cheguem essas informações, iremos recorrer à Associação dos Ucranianos de Viseu”, defendendo que o fluxo migratório pode ajudar a região Centro “que tem vindo a perder população”.

Manifestações de apoio ao povo da Ucrânia que tem sido crescente na região e, numa altura em que a autarquia, em colaboração com outras entidades, como o IPV e a Associação Viriatos.14, tem promovido uma ação de recolha de bens, Fernando Ruas adiantou haver “um empresário da freguesia de Abraveses que se mostrou interessado em ajudar o povo ucraniano”, OU ara pagar os custos com um camião TIR “que leve mercadoria, medicamentos e carga” para a comunidade ucraniana ou mesmo um autocarro “para trazer refugiados”.

Segundo o autarca, o empresário informou que “ia pagar, juntamente com o cônsul da Ucrânia, a despesa total para trazer cidadãos da Ucrânia para aqui e disponibilizou-se para suportar essa despesa”.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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