O presidente da Câmara de Viseu anunciou que em 2024 haverá uma decisão final sobre o futuro a dar ao parque aquático da praia fluvial do Almargem, um investimento privado que que tem as obras paradas há vários anos.

Em reunião do executivo camarário, Fernando Ruas avançou que, ou as obras são concluídas ou será demolido.

“O advogado diz-nos que há uma convicção de que os problemas existentes poderão estar solucionados no próximo ano, 2024, se não mesmo ainda em 2023, estão apenas pendentes de algumas pendências judiciais em curso e do seu andamento”, disse Fernando Ruas.

O autarca viseense adiantou que o advogado dos promotores do parque aquático da praia fluvial do Almargem, manifestou à Câmara de Viseu, a convicção de que “os problemas existentes poderão estar solucionados no próximo ano, 2024, se não mesmo ainda em 2023” estando apenas em falta a decisão sobre “algumas pendências judiciais em curso“.

Numa coisa Fernando Ruas não tem dúvidas, é que, no estado em que se encontra, o parque “é uma agressão nítida ao ambiente”.

“Aquilo tem de ter solução. Se tem solução pela via do equipamento é aquilo que mais queremos, se não que o desmantelem”, afirmou Fernando Ruas em 2022, garantindo que “a Câmara está disponível para salvar o equipamento”.

Assumiu que a Câmara de Viseu declarou a “caducidade, mas com a condição de que esta caducidade fica em aberto e, se se vier a verificar a continuidade da obra, haverá uma licença especial para obras inacabadas”.

“Não abdicamos da caducidade, por uma questão de precaução. Também não temos razões para duvidar do que o advogado veio dizer, mas a Câmara já deixou isto bem claro: ou uma coisa ou a outra”, assumiu.

Assim, garante, se o projeto não tiver continuidade em 2024, “terá uma sequência normal que a legislação há de ditar: ou a demolição ou o desmantelamento ou qualquer outra coisa”, mas garantiu que “gostaria muito de ver aquilo acabado”, e que, para já a Câmara vai “aguardar” e manter-se “vigilante”.

Em fevereiro de 2014, o então presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, anunciou um investimento de cerca de 16 milhões de euros (ME) no âmbito de um projeto turístico que incluía um parque aquático inovador na Península Ibérica.

Numa primeira fase, o projeto teria um edifício de apoio com saunas, restaurante, ‘bowling’ e outras modalidades e um parque aquático temático coberto, que funcionaria todo o ano.

Para uma segunda fase, estava prevista uma rota dos moinhos ao longo do rio, um parque de campismo e um parque aventura, tendo posteriormente sido aumentado o custo para os 26 ME já que o projeto passou a incluir uma unidade hoteleira.

Em agosto de 2012, o empresário Manuel Cruz apontou a falta de crédito bancário para que o complexo turístico não tivesse arrancado e tenha visto o Governo rescindir o contrato de apoio.

“Perante a impossibilidade de materializar o projeto, decidimos refazê-lo, com menores custos, retirando o hotel do complexo, deixando apenas o parque aquático”, justificou, na altura, o empresário.

O novo projeto fez os custos totais baixarem para 16,5 milhões de euros, mas a obra ficou parada, até hoje.

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