Foto: PSD

O deputado do PSD eleito por Viseu, Guilherme Almeida, voltou a criticar no parlamento os atrasos no processo de duplicação do IP3, desta vez lembrando que a Infraestruturas de Portugal ainda nem sequer lançou o concurso para a requalificação do troço entre o Norte de Santa Comba Dão e Viseu.

Na perspetiva do parlamentar viseense, os atrasos na requalificação do IP3, e a falta de acessibilidades ferroviárias e rodoviárias “estão a aumentar as assimetrias nos territórios de baixa densidade” considerando que “os investimentos em infraestruturas rodoviárias continuam sem financiamento no PORTUGAL 2030 e a degradação e a falta de segurança das estradas é uma das principais reivindicações dos autarcas”.

Durante a intervenção na Assembleia da República, Guilherme Almeida considerou ainda que “em quase 50 anos de democracia e 38 anos de adesão à União Europeia, Portugal não foi capaz de melhorar a competitividade das regiões do interior”.

Disse ainda que “a requalificação do IP3, em perfil de autoestrada, está a ser adiada desde o ano de 2005” e que “ainda todos se lembram das cerimónias realizadas para o lançamento da Concessão Autoestradas do Centro, principalmente do descerramento de uma placa na Câmara Municipal de Mortágua, a 29 de março de 2008, pelo Eng. José Sócrates, para assinalar a efeméride.”

Prosseguiu nas críticas ao Governo, considerando que o IP3 não é uma prioridade para o executivo liderado por António Costa, e que, “à boa maneira socialista, cinco anos depois do lançamento do projeto atual e escolhido por este Governo, não está à vista a requalificação do IP3”.

Garantiu que apenas um troço de 16 quilómetros, entre Penacova e a ponte sobre o Rio Dão, ou seja, um quinto do percurso, foi intervencionado pela Infraestruturas de Portugal, estando ainda a faltar reabilitar 75 quilómetros.

Guilherme Almeida referiu também a afirmação do primeiro-ministro, António Costa, quando lançou os concursos para as obras de requalificação do IP3, a 2 de julho de 2018, “que pretendia concluir no primeiro semestre de 2024”.

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