O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) marcou nova greve para 24 de fevereiro, depois de hoje os profissionais do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV), terem ‘parado’ para uma greve de duas horas que acabou por afetar serviços como a cirurgia em ambulatório.

“Hoje mesmo vamos informar o conselho de administração que vamos marcar uma greve para o dia 24 de fevereiro, aqui no CHTV, no turno da manhã e depois logo se verá”, anunciou o sindicalista Alfredo Gomes, acrescentando que, ainda hoje, também, os enfermeiros vão “pedir uma reunião ao conselho de administração para saber se há ou não outros compromissos assumidos que evitem esta greve”.

Na greve que hoje decorreu entre as 10:00 e as 12:00, os cerca de 200 enfermeiros que se juntaram à porta do CHTV aprovaram uma moção com as reivindicações e a nova data de manifestação depois da de hoje ter provocado paralisações naquele estabelecimento.

“Estas duas horas causam mossa. Por exemplo, a cirurgia de ambulatória esteve parada durante o tempo em que estiveram aqui os enfermeiros, a consulta externa teve bastantes valências que pararam e mesmo no bloco há cirurgias comprometidas porque não está lá a dotação dos enfermeiros necessária”, adiantou Alfredo Gomes, acrescentando que desde o plenário de 13 de janeiro, o conselho de administração teve “poucas evoluções” o que valorizou, mas considerou que “não são significativas, porque “são muito ténues, de acordo com o volume de reivindicações”.

Entre as reivindicações, o sindicalista lembrou que aos enfermeiros que tiveram contratos em instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, porque eram precários, “não lhes estarem a ser atribuídos pontos [relativos] a esse período – portanto, não progridem”.

“São enfermeiros que reuniram condições para progredirem em janeiro de 2018 e Ministério da Saúde (MS) só quer reposicioná-los e pagá-los a partir de janeiro de 2022, são enfermeiros que passaram para especialistas e não estão a contar pontos para trás”, acrescentou.

Entre as “poucas evoluções” que o sindicato sentiu por parte do conselho de administração do CHTV está “a contagem de pontos em alguns tipos de contrato que não estavam a contar e agora contam”, ainda assim “um número insignificante”, sublinhou Alfredo Gomes, que também questionou “porque é que valorizam a uns e não a outros” contratos.

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