O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) confirmou que os profissionais afetos ao Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) mantêm a greve para esta sexta-feira, 24 de fevereiro, uma vez que o conselho de administração da unidade mantém a posição que tem assumido sobre determinadas reivindicações.

“Reunimos com o conselho de administração, melhor, com o enfermeiro diretor e dois assessores dele, e, apesar de haver diálogo, o conselho de administração mantém exatamente a mesma posição”, adiantou o representante do Centro, citado pela Lusa.

Alfredo Gomes contou que “não há evolução nenhuma nas situações que o sindicato identificou e que estão por resolver, porque a posição é a mesma desde a reunião de 13 de janeiro”.

“Houve uma ou outra situação que foi ultrapassada, como já tínhamos assumido na greve do dia 03 de fevereiro, mas não há nada mais e, por isso, os enfermeiros decidiram manter a greve que já estava convocada para sexta-feira”, acrescentou.

O responsável pela região Centro do SEP explicou que, depois da greve e manifestação dos enfermeiros no dia 03 de fevereiro, tinha “alguma esperança” nos resultados da nova reunião com o conselho de administração do CHTV.

“Pensei que pudesse haver, por parte do conselho de administração, alguma abertura para assumir mais compromissos do que tinha sido até ali e, no pedido da reunião, a ordem de trabalhos era mesmo fazer um ponto de situação no sentido de saber se havia evolução no assumir de compromissos”, esclareceu.

E o que “foi transmitido era que mantinham exatamente a mesma posição que tinham na reunião de 13 de janeiro e, por isso, não havendo qualquer evolução, manteve-se a greve”.

Entre as reivindicações destes profissionais, “que são uma série delas”, o sindicalista destacou o facto de “os enfermeiros que tiveram contratos em instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, porque eram precários, não lhes estarem a ser atribuídos pontos [relativos] a esse período – portanto, não progridem”.

“São enfermeiros que reuniram condições para progredirem em janeiro de 2018 e Ministério da Saúde (MS) só quer reposicioná-los e pagar a partir de janeiro de 2022, são enfermeiros que passaram para especialistas e não estão a contar pontos para trás”, acrescentou.

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