O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) considera que os profissionais de enfermagem em serviço no Hospital de Viseu se sentem discriminados em relação ao de outras instituições que agora integram a Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões.
“O descongelamento das carreiras persiste em não acontecer no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, agora ULS, e a administração continua sem evoluir na posição e continuamos a ter os enfermeiros discriminados em relação a outras instituições”, acusou o sindicalista, Alfredo Gomes.
Acrescentou que, na mesma ULS há enfermeiros com contabilização dos pontos e reposicionados na carreira e enfermeiros com exatamente o mesmo percurso profissional e que estão atrás duas ou três posições remuneratórias, e apontou ainda o dedo à existência de contratos precários no centro hospitalar Tondela-Viseu, adiantando que “são cerca de uma centena de enfermeiros” nessa situação e que, tendo em conta o número de horas extras que são feitas nas unidades hospitalares por estes profissionais, “está mais do que justificada a passagem destes enfermeiros a um vínculo definitivo”, considerou.
Entre os profissionais “com falsos recibos verdes, há uns que a ARS contratou na altura da pandemia de covid-19 e que em determinada altura de 2023 foram obrigados a assinar um contrato com uma empresa privada de prestação de serviços”, disse ainda Alfredo Gomes, acrescentando que “passaram a ser funcionários de uma empresa privada que prestava serviços em centros de saúde, como de Aguiar da Beira ou Oliveira de Frades. E estes profissionais não receberam ordenado em janeiro”, denunciou.
O sindicalista adiantou ainda ter a informação que na quarta-feira, 14 de fevereiro, “essa meia dúzia de enfermeiros recebeu a informação por parte dessa empresa de que ainda não tinham o pedido por parte da ARS para prestarem serviços” e que “estão a trabalhar e ainda não receberam”, sublinhou.
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