A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões aprovou o Plano de Intervenção para a Floresta 2025, um programa de revitalização da economia florestal, com o objetivo de “responder aos desafios da preservação do território e valorização ambiental”, informou em nota de imprensa.
“A floresta é um dos pilares da nossa economia, mas também um dos nossos maiores desafios. Este programa que vamos apresentar ao Governo reflete o compromisso da nossa região em recuperar as áreas afetadas pelos incêndios e liderar na gestão sustentável da floresta, um recurso essencial para a nossa economia e território”, explicou o presidente da CIM, o autarca viseense Fernando Ruas.
Esta proposta do programa de revitalização da economia florestal foi aprovada, em Castro Daire, durante uma reunião do conselho intermunicipal, e seguirá agora para a secretaria de Estado das Florestas.
O secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho, adianta que, numa primeira fase, o principal objetivo é poder inscrever no Plano de Intervenção para a Floresta um conjunto de linhas de diretrizes que tenham impacto na região.
“Quer em matéria de programação de políticas públicas florestais, quer, muito principalmente, na concretização de projetos considerados relevantes para proteger o que não ardeu”, defendeu Nuno Martinho.
A intenção é a de estruturar novos domínios que permitam atrair investimento e inovar nos mercados, de forma a criar valor no território.
Nesse sentido, Nuno Martinho referiu que a CIM está confiante de que esta proposta contribuirá significativamente para o futuro da floresta na região e no país.
Os responsáveis pela comunidade destacam que a proposta foi desenvolvida a partir de um amplo processo que envolveu técnicos de entidades e organizações, e produtores florestais, que identificaram e sistematizaram propostas concretas, agora integradas no projeto.
O projeto está estruturado em cinco domínios: Remoção de Obstáculos Jurídicos, Valorização Económica, Social e Ambiental, Gestão e Ordenamento do Território, Simplificação e Desburocratização, e Capacitação e Comunicação.
Entre as medidas previstas, pretende-se a implementação de contratos-programa para a gestão ativa da floresta e o reforço do Programa de Transformação da Paisagem.
Defende ainda a gestão integrada de fogos rurais que classifica como “uma prioridade”, com “a criação de redes de gestão de combustíveis e a promoção de práticas de pastoreio extensivo e fogo controlado, como forma de prevenir e mitigar os riscos de incêndios”.
A CIM Viseu Dão Lafões defende também que haja investimento nas explorações florestais, “de modo a apoiar a sua revitalização e melhorar a sua eficiência”, para um horizonte de cinco anos.
As ações garantem uma abordagem a longo prazo, com um foco contínuo na recuperação ambiental, na valorização dos recursos florestais e na proteção das áreas vulneráveis, alinhando-se com as diretrizes do Governo para o ordenamento do território e a gestão dos riscos florestais.
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