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O presidente da distrital de Viseu do PSD, Carlos Silva Santiago, considera que a subida da Aliança Democrática (AD), a coligação PSD / CDS-PP,  para quatro deputados eleitos pelo círculo de Viseu, é uma forma reconhecimento do trabalho do primeiro-ministro.

“Recuperámos e reforçámos a nossa votação e isso diz bem do reconhecimento que o distrito tem para com o primeiro-ministro, governantes e os deputados da Assembleia da República que representam a Aliança Democrática”, considerou Carlos Silva Santiago, também ele eleito eleito pela lista da AD em Viseu.

AD que nestas Legislativas elegeu no distrito mais um deputado que em 2024, passando de três para quatro parlamentares – António Leitão Amaro, Pedro Alves, Inês Domingos e Carlos Silva Santiago -, resultado dos 88.374 votos (42,73%).

Para o líder da distrital laranja, o reconhecimento traduzido em votos deve-se ao “trabalho que foi feito em 11 meses” depois de uma “dedicação extrema ao distrito que esteve parado oito anos, porque não teve um tostão de investimento” dos governos do PS.

“Em 11 meses, o Governo olhou para Viseu como um distrito importante para o desenvolvimento do país e o resultado é, sem dúvida, um reconhecimento por esse trabalho excecional e que vamos continuar, porque o distrito de Viseu não pode parar e este reconhecimento também nos dá mais responsabilidade”, assumiu.

Já o presidente da Federação Distrital de Viseu do Partido Socialista (PS), Armando Mourisco, também autarca de Cinfães e agora eleito deputado, lembrou os resultados “já apertados” em 2024.

“Já há um ano a diferença foi muito pouca, estivemos em risco de perder o terceiro mandato e tínhamos consciência de que esse risco existia, como veio a acontecer. Dependia muito da força do Chega no distrito e, se baixasse, ainda poderíamos manter o terceiro, mas, pelo contrário, subiu e perdemos”, considerou.

O PS, no distrito de Viseu, alcançou 21,86% (45.210 votos) do eleitorado e elegeu dois deputados, Elza Pais e Armando Mourisco, menos um que em 2024, deixando fora do parlamento o terceiro da lista, João Paulo Rebelo.

Para o presidente da distrital do PS, as eleições legislativas de domingo revelam uma “vitória clara da direita e é uma surpresa ver o Chega a ter os resultados que teve no país inteiro e também no distrito” de Viseu.

“Para o PS é uma derrota em toda a linha. Em todo o país e, naturalmente, também aqui no distrito de Viseu e isto deve merecer uma forte reflexão em todos nós”, assumiu Armando Mourisco.

Quanto ao presidente da distrital de Viseu do Chega, João Tilly, associa ao impacto que o partido teve a nível nacional à campanha, “que não foi só de 15 dias, mais sim de 45”.

“Andei diariamente num camião a percorrer o distrito e, o certo, é que os concelhos onde fui menos vezes, porque são mais longínquos e é praticamente um dia para ir e vir de camião, foi onde o Chega conseguiu menos votos”, justificou.

João Tilly reconheceu ainda que em Viseu “é muito difícil, porque a AD não dá hipótese” e, pelas suas contas, “está de tal maneira enraizada que o Chega e o PS somados pouco ultrapassam” a coligação PSD/CDS-PP.

O Chega manteve os dois deputados que havia eleito em 2024 no círculo de Viseu, João Tilly e Bernardo Pessanha, mas subiu em votos, tornando-se a segunda força política no distrito.

Alcançou 22,14% (45.794 votos), mais 584 que o PS, e comparando com há um ano, teve mais 4.635 votos.

“Viseu é o ‘cavaquistão’, sempre foi e continua a ser. Nós em segundo lugar, é um facto histórico. É certo que é por pouca diferença, mas ficámos”, realçou o reeleito deputado do Chega.

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