A Câmara Municipal de Moimenta da Beira avançou com um projeto de ‘radar social’ com o qual pretende referenciar as “reais necessidades” do concelho que é “muito envelhecido” e com pessoas isoladas.
“Sabemos que temos uma população muito envelhecida, pessoas com algumas carências sejam elas económicas ou até familiares, digamos, porque há muita gente isolada com os filhos no estrangeiro. É um flagelo social”, lembra o autarca Paulo Figueiredo.
No concelho há cerca de 180 famílias a receberem o Rendimento Social de Inserção (RSI), uma realidade que será melhor identificada, referenciada e acompanhada, através do projeto que agora avançou e que é comparticipado a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo o Município apostada em “aproveitar a oportunidade” para melhor conhecer “as reais necessidades” do concelho para, com este “diagnóstico social, ser possível fazer mais coisas”, frisou Paulo Figueiredo.
Ao serviço estão já três técnicas contratadas pelo Município de Moimenta da Beira, que contam com a supervisão dos profissionais dos serviços sociais da autarquia.
Esta nova equipa tem por missão “referenciar e (re)conhecer os problemas de pobreza e exclusão social, em complementaridade com a rede social municipal” dando um “contributo decisivo para a construção, atualização e o enriquecimento do conhecimento do território”, destacou o autarca, adiantando que este projeto de radar social vai ser desenvolvido ao longo de 27 meses, dividido em duas fases: “primeira vai fazer-se o diagnóstico social e preparar o plano de desenvolvimento social e o de ação; e na segunda fazer-se a georreferenciação social do território e será posto em prática o plano de ação preparado na primeira fase”.
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