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A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou pela primeira vez o alargamento do uso de medicamentos da classe GLP-1, da qual faz parte o Ozempic, ao tratamento da obesidade, condição que afeta mil milhões de pessoas. Estas terapias, já utilizadas na diabetes tipo 2, mostram eficácia na perda de peso ao melhorar o controlo da glicose e reduzir o apetite.

O novo guia da OMS defende que estes medicamentos passem a integrar cuidados de longo prazo para adultos com obesidade, sublinhando a necessidade de garantir acesso equitativo em todos os sistemas de saúde. A organização incluiu esta classe terapêutica na sua lista de medicamentos essenciais, atualmente composta por 532 tratamentos.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, destacou que a obesidade é uma doença crónica que exige uma abordagem integrada, incluindo políticas públicas robustas, deteção precoce e acesso a cuidados continuados. Apesar da eficácia comprovada, a recomendação é considerada condicional devido à escassez de dados sobre uso prolongado, custos elevados e desafios de equidade.

A obesidade foi responsável por 3,7 milhões de mortes em 2024 e poderá duplicar até 2030 se não forem adotadas medidas eficazes. Em Portugal, os medicamentos GLP-1 só são comparticipados para doentes diabéticos, representando em 2024 uma das maiores despesas do SNS.

A procura crescente para perda de peso tem provocado ruturas, levando o Infarmed a reforçar auditorias ao circuito destes fármacos.

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