Foto: GP

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) revogou o castigo de dois jogos à porta fechada aplicado ao Sporting Farense por racismo, depois de insultos a jogadores do Académico de Viseu durante o encontro no Estádio de São Luís, em Faro, na época passada.

O TAD, no acórdão, diz ter sido provada a existência de insultos racistas por parte de adeptos do clube algarvio a André Clóvis, Famana Quizera e Kauã Oliveira, mas que “não ficou provado que alguém da estrutura do Farense os tenha ouvido” e assim “tido oportunidade de reagir em tempo útil”.

A FPF estará agora na disposição de recorrer desta decisão para o Tribunal Central Administrativo do Sul.

Recorde-se que em 31 de janeiro de 2023, o Farense foi punido com dois jogos à porta fechada e 33.470 euros de multa por comportamentos discriminatórios no empate com o Académico de Viseu, em 20 de agosto de 2022, para a Liga 2 de futebol.

Após a partida, André Clóvis disse ter sido alvo de insultos racistas por parte dos adeptos algarvios presentes no Estádio São Luís, incidente denunciado também pela SAD do Académico de Viseu.

Os insultos a Clóvis, que marcou um dos golos da equipa, ocorreram quando foi substituído, aos 83 minutos, e levaram a incidentes já após o apito final.

A ‘confusão’ entre o banco do Académico e adeptos locais resultou ainda na expulsão do presidente do Farense, João Rodrigues.

Esta decisão do TAD é conhecida na semana em que o jogo da I Liga de futebol entre Farense e Famalicão chegou a estar interrompido, devido a insultos racistas de um adepto do clube algarvio a Chiquinho, jogador do clube nortenho.

O mesmo foi identificado pela PSP, e incorre agora numa multa que pode chegar aos 50 mil euros, e na inibição de entrada em recintos desportivos nos próximos três anos.

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