A viseense Visabeira ficou com os 51% da Companhia Santomense de Telecomunicações (CST) que estavam nas mãos da brasileira Oi.

O negócio já estava praticamente fechado desde 2020, mas só agora foi efetivada a aquisição, através da Visabeira Global, com os restantes 49% a ficarem na posse do Estado de São Tomé.

“A entrada da Visabeira Global no capital da CST é a garantia da participação na operação de uma empresa com um vasto currículo na área das telecomunicações, que vai desde o projeto à construção, da instalação à manutenção de redes fixas e móveis, incluindo redes de última geração”, diz a empresa de Viseu, acrescentando que “com a Visabeira Global a CST assume o compromisso de contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento do país, mantendo um forte compromisso com o Estado santomense”.

A CST iniciou a sua atividade comercial em 1990, sendo a operadora naquele país com oferta do serviço de telefone fixo e rede móvel. A CST detém, ainda, 74,5% na STP Cabo, empresa que participa no consórcio do cabo submarino ACE que liga a Costa da África Ocidental à Europa.

Os 51%, agora adquiridos pela Visabeira Global, estavam na posse da Oi desde que a PT Portugal foi integrada na operadora brasileira.

A Oi, desde cedo, quis vender estas participações nas operadoras africanas que fizeram parte do projeto da PT, tendo já vendido as posições que detinha na Unitel, na Cabo Verde Telecom e agora a CST.

Fora de África, tem à venda uma participação na Timor Telecom que também foi da PT.

Segundo a empresa viseense, os principais eixos estratégicos com a entrada da Visabeira Global na CST são:

  • Dinamizar serviços de internet fixa e móvel;
  • Modernizar a rede 2G/3G e investir no 4G para melhorar serviço e oferecer Banda Larga em todo o território;
  • Expandir a rede de fibra ótica para capitais distrito e zonas com estabelecimentos de turismo;
  • Ser o primeiro operador de Mobile Money, ocupando o espaço de serviços de pagamento e de transferências existente;
  • Investir em serviços de PayTV, seja através da rede GPON ou com aplicação OTT na rede 4G;
  • Desenvolvimento de novos produtos e serviços e aposta na evolução tecnológica;
  • Reforçar investimento na formação de quadros estratégicos;
  • Manter e desenvolver compromisso de responsabilidade social nas áreas da Educação e Juventude;

O valor da compra dos 51% da CST não foi oficialmente revelado, tendo sido noticiado pela imprensa especializada que poderá ter rondados os 5 a 6 milhões de euros.

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