Foto: engin akyurt

O presidente da Câmara de Mangualde admitiu recorrer aos tribunais para impedir o alargamento do sistema multimunicipal das Águas do Douro e Paiva ao sistema de Fagilde, que considera poder ser “um negócio altamente penalizador para os consumidores”, opinião que não é partilhada pelo homólogo de Sátão.

No Conselho de Ministros de sexta-feira, foi aprovado um Decreto-Lei que viabiliza a integração dos municípios de Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul, Sátão, Vale de Cambra, Viseu e Vouzela no sistema multimunicipal de abastecimento de água do sul do Grande Porto, gerido pela Águas do Douro e Paiva, S.A., mas, em conferência de imprensa, Marco Almeida disse ter sido surpreendido com esta aprovação, que garante ter acontecido “antes do fim do prazo que o gabinete da ministra do Ambiente tinha dado ao município para se pronunciar”.

Marco Almeida lembrou que o município comunicou às Águas do Douro e Paiva, em fevereiro do ano passado, que não tinha interesse “em manifestar a pré-adesão ao seu sistema”, mantendo a sua posição numa carta enviada em abril à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Para o município de Mangualde, a prioridade é “a construção de uma nova barragem” em Fagilde, que permita aumentar a capacidade de armazenamento e “que responda às necessidades da população da região”.

Opinião contrária tem o autarca de Sátão, Alexandre Vaz, que se mostra “totalmente a favor” do alargamento do sistema multimunicipal Águas do Douro e Paiva ao sistema de Fagilde, considerando que permitirá “acabar com os problemas de seca no verão”.

O autarca de Sátão lembra que já chegou a levar o tema a uma reunião de Câmara, como solução para os problemas do abastecimento de água ao concelho, acrescentando que a captação no rio Vouga “abastece cerca de 65% do concelho”, mas na época do calor provoca “muitas preocupações, porque o concelho fica com problemas de abastecimento”.

Quanto à integração de Sátão no sistema multimunicipal de abastecimento de água do sul do Grande Porto, gerido pela Águas do Douro e Paiva, S.A., Alexandre Vaz deseja apenas que aconteça “o mais rápido possível”.

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