Foto: ULS Viseu Dão Lafões

O Hospital de Viseu investiu seis mil euros na construção de uma cozinha onde vai desenvolver o ‘Coolinária’, projeto com o qual pretende fomentar hábitos de alimentação mais saudáveis junto dos mais novos, em especial dos que sofrem de distúrbios alimentares.

É utilizada a culinária como parte integrante da terapia para adolescentes com perturbações do comportamento alimentar (PCA), sendo desenvolvido pelas equipas de PCA e do internamento do serviço de Pediatria.

As sessões decorrem durante o período em que os jovens estão internados no Hospital de Viseu e “com o objetivo de melhorar os hábitos alimentares, fomentar a autonomia e normalizar a relação dos jovens com a comida”, pode ler-se na note de imprensa emitida pela administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões.

Os jovens que participem no ‘Coolinária’ serão acompanhados por uma equipa multidisciplinar e passam por um processo que inclui a escolha da receita, a confeção e degustação dos alimentos, e no final será feita uma reflexão sobre a experiência.

A limpeza e a arrumação do espaço serão responsabilidade do jovem, com o apoio da equipa que o acompanha na cozinha.

A administração do Hospital de Viseu lembra que nas perturbações do comportamento alimentar, onde se inserem a ingestão compulsiva, bulimia ou anorexia,  é comum verificar-se a fobia dos alimentos ou das refeições, bem como a privação de eventos sociais que envolvam a ingestão de alimentos.

“Também são frequentes comportamentos obsessivos na cozinha, como a quantificação de calorias e a rigidez na preparação das refeições. A normalização do comportamento alimentar é um dos principais objetivos do tratamento e a possibilidade de cozinhar durante o internamento apresenta um potencial terapêutico significativo”, pode ler-se.

A ULS Viseu Dão Lafões frisa que a intervenção culinária pode “melhorar a relação dos jovens com a comida, além de aumentar a sua capacidade de preparar e consumir refeições completas e saudáveis”.

O projeto ‘Coolinária’ quer ainda preparar os jovens internados para o regresso ao ambiente familiar, meta que passa também por refeições supervisionadas em conjunto com os familiares.

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