Em Portugal, apenas 74 dos 308 municípios apresentaram em 2021 “um nível satisfatório de eficácia e eficiência financeira”, segundo o ‘ranking’ global do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, e fora desta lista estão algumas capitais de distrito, entre as quais Viseu.

Os restantes 234 municípios (76% do total), apresentaram uma pontuação inferior a 50% do total do ‘Ranking Global’.

No Anuário, o ‘ranking’ global da prestação dos municípios apresenta apenas as 100 autarquias que obtiveram as melhores prestações, entre as quais oito do distrito de Viseu, e por esta ordem: Penedono, Cinfães, Sátão, Mortágua, Penalva do Castelo, Vila Nova de Paiva, Carregal do Sal e Sernancelhe.

Segundo o documento hoje divulgado pela Ordem dos Contabilistas Certificados, em 2021, nos 100 municípios com melhor classificação, 14 são de grande dimensão, 34 de média dimensão e 52 de pequena dimensão.

O município de Viseu integra a lista dos considerados de grande dimensão e não está entre os 100 melhores desempenhos deste índice global, assim como outras capitais de distrito, como Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, e o Funchal.

Já no ranking dos municípios que em 2021 apresentaram maior valor de impostos e taxas cobradas, Viseu ocupa a 32.ª posição, com um valor de 28 milhões 680.698 euros, sendo ainda o 30.º município no país com maior receita cobrada de IMI, num valor de 13 milhões 592.566 euros, um aumento de 19,05% relativamente ao ano anterior.

Por distritos, Viseu viu três dos seus municípios de média dimensão integrarem os 100 melhores no Ranking Global, e ainda 12 dos de pequena dimensão, destacando-se o 7.º lugar de Penedono, embora em 2020 tivesse sido o terceiro melhor.

Já Cinfães subiu do 53% em 2020, para o 20.º lugar em 2021. Sátão também subiu duas posições, para o 21.ª lugar do ranking.

Uma das maiores subidas foi a de Sernancelhe, que passou do 82.º para o 52.º lugar.

O ‘ranking’ tem em conta a ordenação global dos municípios de acordo com o seu desempenho na conjugação de nove indicadores: índice de liquidez, razão entre os resultados antes de depreciações e gastos de financiamento (EBITDA) e os rendimentos operacionais, peso do passivo exigível no ativo, passivo por habitante, grau de cobertura das despesas (despesa comprometida/receita liquidada liquida), grau de execução do saldo efetivo, na ótica dos compromissos, índice de dívida total, índice de superavit e impostos diretos por habitante.

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