A greve por distritos que os professores vão cumprir entre 17 de abril e 12 de maio prevê que cada dia de luta comece às 12:00, para retirar a possibilidade de serem requeridos serviços mínimos, e vai acontecer no distrito de Viseu no dia 18 de abril.
“A greve terá início às 12:00, prolongando-se até ao final do dia”, informou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, numa conferência de imprensa na Praça da República, em Coimbra, acrescentando que “a hora de início da greve tem por objetivo retirar a possibilidade de serem requeridos serviços mínimos, sob pena, se isso acontecer, de a greve ser inviabilizada, o que seria atentatório e violador do direito à greve”, considerou.
Foi a forma encontrada pelas nove organizações sindicais que integram a plataforma que agendou a greve, para ‘escapar’ aos serviços mínimos decretados pelo colégio arbitral, que estipulava que as escolas teriam de garantir três horas de aula ou três tempos letivos por dia aos alunos (os sindicatos acreditam que essas três horas acabam por estar asseguradas antes de a greve arrancar).
A greve é convocada por nove organizações: Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Fenprof, Federação Nacional de Educação (FNE), Pró-Ordem, o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE) , Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU) e Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE).
A greve arranca a 17 de abril no Porto e termina a 12 de maio em Lisboa, percorrendo, pelo meio, todos os distritos do país por ordem alfabética inversa, de Viseu a Aveiro.
Também para evitar a requisição de serviços mínimos pelo Ministério da Educação, como já aconteceu no passado, em vez de haver um pré-aviso de greve para os 18 dias úteis, cada uma das nove organizações irá apresentar um pré-aviso de greve para cada um dos dias de luta.
Por agora, as organizações sindicais mantêm a realização da greve às avaliações finais, que está dependente “da vontade do Governo” em negociar.
Nos dias 25 de Abril e 1.º de Maio, as organizações apelam aos professores para marcarem presença nas iniciativas que decorram no país nesses dias, tendo também ficado decidido levar as exigências dos professores até às comemorações do Dia de Portugal, 10 de junho, a ter lugar em Peso da Régua, assim como na abertura das Jornadas Mundiais da Juventude, a 01 de agosto, em Lisboa.
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