Os presidentes da Assembleia e da Câmara municipais de Vouzela reclamaram, na última sessão, “mais apoios” para requalificação e construção de instituições particulares de segurança social (IPSS), refere um comunicado divulgado hoje. 

Segundo a nota de imprensa, o presidente da Assembleia Municipal de Vouzela, Telmo Antunes, “reclamou mais apoios financeiros para a construção e/ou requalificação de equipamentos sociais”, durante a sua intervenção na sessão de 30 de dezembro do ano passado. 

A título de exemplo, Telmo Antunes referiu a candidatura de “cinco instituições sociais do concelho” ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais – 3ª Geração (PARES 3.0), “no valor de 6.242.124,00 euros, tendo sido aprovada apenas uma no montante de 78.350,00 euros”.

“Em causa estava a construção de dois novos lares em Alcofra e em Queirã, a requalificação do lar da Santa Casa da Misericórdia de Vouzela e a ampliação do lar de Campia, tendo sido apenas aprovada a candidatura do serviço de apoio domiciliário para Fornelo do Monte”, esclarece.

No entender do presidente da Assembleia Municipal de Vouzela, o social-democrata Telmo Antunes, “não existe falta de dinheiro, apenas está mal gerido” e lembrou que “o PARES é financiado pelos jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”.

“Ao contrário das outras Santas Casas, a de Lisboa é um organismo da dependência do Estado, sendo a sua administração nomeada pelo Governo e os jogos sociais tiverem de receita bruta, em 2019, 3.360 milhões de euros (ME) e, em 2020, 2.768 ME, de acordo com o relatório e contas daquela instituição”, refere.

Neste sentido, defende que se “o dinheiro do PARES resulta dos jogos sociais, então a receita deveria estar fundamentalmente canalizada para a ação social” e, para este PARES, “foram alocados 110 ME para a requalificação e construção de equipamentos sociais”.

“Desde 2006 que era criado um programa idêntico de alargamento de respostas sociais. Ou seja, em 16 anos são apenas previstos 110 milhões de euros para a requalificação e construção de equipamentos sociais”, sublinha.

Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “que afeta 90 ME para equipamentos sociais”, o presidente da assembleia considera que “fica aquém das necessidades das pessoas e dos anseios das populações”.

“Por isso, vamos continuar a ter respostas sociais ineficazes e uma população idosa extremamente frágil e com a parte final da sua vida em situação de grande precariedade. Os nossos idosos merecem outra preocupação e outro tratamento por parte de quem nos governa. Os nossos idosos merecem um tratamento condigno e adequado à vida de sacrifícios que tiveram”, defende.

Também o presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, “acompanhou as preocupações de Telmo Antunes e referiu que o município tem feito um enorme esforço financeiro para apoiar as IPSS do concelho, nomeadamente durante a pandemia, substituindo-se ao governo central”.

“Principalmente no que diz respeito à aquisição de equipamentos de proteção individual e outros apoios. Assim como outras medidas de apoio às famílias, às coletividades e às empresas tomadas em contexto de pandemia que, segundo o autarca, somadas aos apoios às IPSS representam um esforço orçamental municipal que ascende aos 700 mil euros”, conclui.

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