Os enfermeiros do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) vão avançar com um abaixo-assinado para reivindicarem a resolução das reivindicações que hoje  os levaram à greve e ponderam uma ação em tribunal, assumiu o representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) na região Centro, Alfredo Gomes.

“Há questões que já definimos e já entregámos no conselho de administração um argumentário jurídico, até porque já ganhámos uma ação em tribunal, no Tribunal Administrativo do Norte”, assumiu o sindicalista, no dia em que os enfermeiros fizeram a segunda greve em fevereiro no CHTV, acrescentando que o acórdão foi entregue aos conselhos de administração dos hospitais e ao Ministério da Saúde.

“Com a noção de que em fim de linha, não havendo possibilidade de outra forma, nós seguiremos para tribunal com as ações que o justificarem, não há dúvida nenhuma sobre isso”, assumiu.

Para Alfredo Gomes, o fim de linha é chegarem “à conclusão de que não adianta andar com mais negociações, porque o Ministério da Saúde não quer resolver” já que, atualmente, disse, os enfermeiros estão “a dar o benefício da dúvida”.

“Temos um pedido de reunião no Ministério da Saúde, estamos a aguardar que nos digam alguma coisa e vamos avaliando com os enfermeiros. Até dia 08 de março temos um plano de luta”, adiantou.

O plano passa por haver “todos os dias úteis greves em unidades hospitalares” do país e, a partir dessa data, “não havendo abertura da parte do Ministério da Saúde e não havendo progressos”, o sindicato vai “estudar essa possibilidade” de ir a tribunal.

Para já, assumiu, no CHTV vai “avançar já a partir da próxima semana um abaixo-assinado, que os enfermeiros vão disponibilizar nos vários serviços do hospital para depois ser entregue ao conselho de administração e ao Ministério” da Saúde.

“Pretendemos que se faça justiça em relação ao tempo de serviço destes enfermeiros. (…) O que nós exigimos é que sejam contados os pontos a todo o período de serviço e que se corrijam as injustiças que se estão a verificar nos locais de trabalho”, lembrou.

A greve de hoje afetou diversos serviços como a cirurgia de ambulatório e o bloco, e as consultas externas.

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